A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo elaborou um projeto que visa intervenções de baixo impacto nos rios Sucuriú e Paraná, em Três Lagoas. A ideia é que a empresa responsável pela administração da usina hidrelétrica de Jupiá, a CTG Brasil, possa autorizar construções de rampa de barco, de tablado, de píer, entre outras intervenções às margens do rio com o intuito de fomentar o turismo em Três Lagoas.
“O Sucuriú é um rio de lazer e de pesca. Temos trechos no rio Sucuriú que tem mais de dois mil e quinhentos metros de largura, e a CTG é a proprietária da Área de Preservação Permanente (APP), a qual ela intitula como área de segurança da usina”, explicou o secretário da pasta, Toniel Fernandes. Por esse motivo, o secretário solicitou uma reunião com representantes da CTG Brasil com o objetivo de formalizar e regularizar edificações construídas nos rios Sucuriú e Paraná. “Precisamos fomentar o turismo náutico de Três Lagoas”, destacou o secretário.
Toniel é da opinião de que, o tablado e a passarela servem para proteger a área de preservação. “Ao invés de pisar na área de proteção, vai passar por cima, sem gerar impacto nenhum. A nossa ideia nada mais é que cuidar também do meio ambiente. Por isso, queremos dialogar com a empresa”, disse o secretário.
Apesar de toda beleza natural e de ser cercada por rios, o turismo náutico em Três Lagoas é pouco explorado. “Temos mais de 500 ranchos que, de maneira informal, são explorados para grupos de outros estados, principalmente de São Paulo. Grandes empreendimentos turísticos vêm da iniciativa privada, e a gestão pública tem que proporcionar esse acontecimento. É o que estamos tentando fazer, ao nos aproximar da empresa dominante dessas áreas”, destacou o secretário.
A prefeitura também tem a intenção de realizar eventos e atividades às margens do rio. Mas, para isso, também precisa de autorização da CTG. Em relação ao tráfego naval, o secretário informou que a autorização é da Marinha, mas também é preciso o aval da CTG para a embarcação encostar às margens dos ranchos.
“A gente sabe que existe construções sem autorização, mas não queremos isso. Queremos fazer algo de forma ordenada, criar critérios para construções e facilitar o acesso para que os proprietários possam fazer as edificações, isso pode fazer com que tenhamos novos empreendimentos turísticos. Por exemplo, poderíamos ter um deck no rio Sucuriú com uma área de alimentação, poderíamos ter empreendedores vindo investir no turismo náutico, ter hotéis às margens do rio Sucuriú, mas enquanto não tiver toda uma tratativa sobre essas construções, fica difícil o empreendedor querer investir”, destacou o secretário
