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'Redes sociais podem ser nocivas à saúde mental', diz psicóloga

Usuários das redes sociais têm a "falsa" coragem para criticar ou comentar

Usuários das redes sociais têm a "falsa" coragem para criticar ou comentar - Arquivo/Jpnews
Usuários das redes sociais têm a "falsa" coragem para criticar ou comentar - Arquivo/Jpnews

A toxicidade das redes sociais e o quão nociva elas podem ser aos usuários – em especial os adolescentes – foi o que levou o protagonista do filme ‘Homem-Aranha, Sem Volta Para Casa”, Tom Holland, a anunciar que daria “um tempo” nas redes sociais. Mesmo com todo sucesso, o jovem ator britânico confessou que ambientes das redes estão afetando sua saúde mental. 

Porém essa angústia gerada pelo mundo virtual, não atinge apenas os “grandes” atrás do cinema, mas também o cidadão comum e, principalmente, os adolescentes.

Segundo a psicóloga Caroline Ferraz, cada vez mais, os internautas estão sendo invasivos, com uma “falsa” coragem para criticar ou comentar sobre o outro nas redes sociais. Uma “liberdade de expressão” que poucos teriam coragem de reproduzi-la pessoalmente. “As redes sociais podem ser nocivas e impactam a saúde mental”. 

Para a psicóloga, é fundamental ver figuras como Tom Holland dispostas a falar sobre saúde mental em meio as redes sociais. “Ainda mais porque é um artista bastante querido e conhecido entre os adolescentes – que muitas vezes são os mais sensíveis.

Os adolescentes, geralmente, acabam se fragilizando mais facilmente que os adultos. É um período em que eles estão construindo a própria identidade. E quando se deparam com críticas, comparações ou comentários maldosos, se chateiam, se frustram e ficam com a autoestima abalada. Eles merecem ainda mais nossa atenção quanto a este assunto”, avalia.

O ator britânico de 26 anos falou, no vídeo que publicou em seu Instagram, que: “acho o Instagram e o Twitter superestimulantes, opressores. Me pego preso em uma espiral quando leio coisas sobre mim online e, no final das contas, é muito prejudicial para o meu estado de saúde mental. Decidi então dar um passo atrás e deletar o aplicativo”.