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Três Lagoas

Ruas sem placas deixam moradores ?perdidos?

O problema não gera transtorno apenas a quem trabalha diretamente com endereços

Um, dois, três, dez quarteirões e nenhuma placa à disposição para identificação do local. Esta é uma realidade presente em Três Lagoas. Muita gente sofre e se confunde na hora de encontrar um endereço. Os vários nomes para a mesma rua, números repetidos e ausência de placas identificando o local são algumas das principais questões a serem resolvidas pelo Município.

Uma das mudanças que já pode ser considerada promissora é a reorganização e denominação dos bairros. Até o ano passado a cidade contava com mais de 100, atualmente são 33. A mudança começou com a o plano diretor que está seguindo as novas metas e até o começo do ano que vem deve resolver definitivamente o problema.

Desde abril, a Comissão Especial para Regularização e Padronização de Denominação de Vias Públicas, estuda a reorganização nominal e numeral da cidade. De acordo com o presidente da comissão, Otony Ávila Ornellas, o relatório final será entregue essa semana e está dentro do prazo estipulado.

“Nos preocupamos em fazer um levantamento completo. Utilizamos o mapeamento e cadastro da concessionária de distribuição de energia elétrica, a Elektro, assim como da Sanesul para nos orientarmos. Eles possuem um excelente e atualizado cadastro que colaborou muito com o nosso trabalho”, enfatizou.

Enquanto algumas empresas conseguem se localizar,  outras precisam de ajuda extra para conseguir atender e manter os serviços. A falta de identificação nas ruas é um problema que reflete diretamente na população. O caso dos atendimentos realizados pelo Corpo de Bombeiros pode ser tomado como exemplo. Segundo o cabo do Corpo de Bombeiros, Gelson Pinto, o Centro da cidade ainda possui identificação, mas o problema maior está na periferia da Cidade.

“Três Lagoas mudou muito nessa questão de ruas. São muitos nomes, bairros e a ausência de placas é o principal agravante quando vamos atender um chamado. Geralmente fazemos uso de pontos de referência e como os atendentes já estão a bastante tempo na Cidade isso facilita um pouco.

Também temos a bina, que nos da o posicionamento do orelhão de onde está sendo feita a ligação. Mas as placas são uma necessidade de toda população, não apenas dos militares”, observou.

Quem também se sente perdido são os mototaxistas, entregadores e claro, os carteiros. Constantemente estão a procura de placas que não existem. Para o mototaxista e entregador, Márcio de Souza, a ausência das placas dificulta o trabalho e também a agilidade do serviço. “Geralmente perco muito tempo procurando um endereço. Tenho que parar e ficar perguntando. Muita gente que mora no bairro nem conhece a rua procurada. São muitos bairros para pouca cidade, resumidamente, perco muito tempo para encontrar alguns lugares”, desabafou.