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Saúde alerta para chegada de chikungunya em Paranaíba

Ainda não há casos registrados da doença no município

Em Paranaíba, ainda não foram registrados casos da febre chikungunya, de acordo com a coordenadora do Controle de Vetores, Ymara Zanin Palcheti. No entanto, a possibilidade de uma epidemia nacional não está descartada. A doença é transmitida pelo mosquito Aedesaegypti, assim como a dengue.

Os sintomas das duas doenças, explica a coordenadora, são os mesmo, porém com intensidade muito elevada, como febre alta e dores nas articulações, que podem ser de tal forma que impossibilita a pessoa por meses. “É um vírus que se multiplica até mais rápido que o da dengue e vai haver uma explosão de casos no Brasil, como já acontece na Bahia e vários outros estados”, disse.

Ymara disse que há casos em Campo Grande e, por isso, os paranaibenses devem tomar todas as medidas preventivas, como a limpeza de quintais, para que não haja acúmulo de água. “Em Campo Grande, são nove casos e eles estão espalhados pela cidade, não estão concentrados num só bairro”, observa. Em Três Lagoas, também há um caso suspeito.

Conforme Yamara, os cuidados são os mesmos que com a dengue, e é preciso avisar a Secretaria de Saúde em casos de suspeita e nunca se automedicar. Em caso de sintomas de qualquer uma das doenças, é preciso procurar o médico, além disso, como a febre chikungunya causa desidratação, é preciso ingerir muito líquido.

Os exames para verificação dachikungunya não são feitos em Mato Grosso do Sul. No Brasil, o único estado que realiza o diagnóstico é o Pará. Tanto no caso da dengue quanto da chikungunya, o material coletado é encaminhado para o Laboratório Central em Campo Grande.

INFESTAÇÃO

Yamara também alertou para o alto índice de Aedes aegypti no Levantamento de Índice Rápido (Lira). “Há um índice de 2% de infestação, o que para o período é alto, principalmente porque a chuva começou a chegar agora em nosso município”, explica.

Os principais depósitos onde foram encontrados o mosquito da dengue foi no lixo, e em residências, por isso Ymara pede que seja feita a limpeza dos locais que podem acumular líquido, principalmente nos terrenos baldios, onde não há limpeza recorrente. “Esta sujeira pode trazer outros vetores, como rato, barata, escorpião, senão a situação pode ficar crítica”, disse.

Ymara frisou ainda que como o mosquito transmissor é o mesmo, ele pode estar contaminado com as duas doenças, e com isso a pessoa pode ser infectada tanto com dengue e a febre chikungunya, com isso não há interferência nos casos de dengue. “A questão está no vetor e no vírus que se propaga muito rápido”, observou.