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Secretário de Saúde insiste no isolamento social

Geraldo lembrou que o Estado tem outros enfrentamentos

O Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse na quarta-feira (8) que a redução da movimentação da população continua sendo o melhor instrumento para evitar o crescimento descontrolado dos casos de covid-19. Segundo ele, a flexibilização não está sendo feita de forma coordenada, com orientação em nível estadual ou federal, por exemplo. 
“Não quero criticar este ou aquele prefeito. Mas quando vieram as primeiras notícias, havia até uma disputa entre eles para ver quem fechava mais. Agora parece uma corrida para ver quem libera primeiro”, disse ele, insistindo na existência de uma coordenação central para decisões deste tipo. “Só agora o Ministério da Saúde está mostrando algumas normas para flexibilizar e, em muitas cidades, parece que nem existe a pandemia”, alertou.
Para ele, o melhor caminho é ouvir e seguir as orientações do Ministério da Saúde. 
“Se eu tivesse que dizer alguma coisa, diria para os prefeitos e para a população ouvir o Mandetta e não levar em conta o que fala o presidente Bolsonaro”, afirmou. Geraldo, defensor do isolamento social, alerta para o fato de que as estruturas para enfrentamento dos casos mais graves de contaminação ainda estão sendo montadas pelo país agora. Sobre a volta das atividades nas cidades ele disse que “a melhor máscara que existe é ficar em casa”.

Outras lutas
Geraldo, em entrevista que concedeu à rádio CBN Campo Grande, lembrou ainda que o Estado tem outros enfrentamentos, dos quais não vai se afastar como o controle da dengue, além das campanhas de vacinação.
Quanto às estruturas de atendimento aos doentes da covid-19, Geraldo disse que estão sendo implantados novos leitos de UTI em todas as regiões do Estado. 
“Estamos nos preparando. Buscando equipamentos e condições de trabalho, exames para nos ajudar no controle. Mas nada disso terá resultado positivo a população não ficar em casa. Quem não precisar, se proteja e proteja os outros ficando em casa”,  insistiu ele. No Brasil, até o fechamento desta edição haviam quase mil mortos pela doença e mais de 16 mil infectados. No mundo, já mais de 1 milhão de infectados e 88 mil mortes.