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Sem auxílio emergencial, trabalhador informal tenta driblar a crise

Em 2021, com a suspensão do auxílio nos meses iniciais e com a retomada a partir desta terça-feira, 6 de abril, com valor reduzido a preocupação do trabalhador informal aumenta

Com a suspensão do auxílio nos meses iniciais de 2021 e com a retomada com valor reduzido, a preocupação do trabalhador informal aumenta - Arquivo/JPNEWS
Com a suspensão do auxílio nos meses iniciais de 2021 e com a retomada com valor reduzido, a preocupação do trabalhador informal aumenta - Arquivo/JPNEWS

Alguns trabalhadores autônomos em Três Lagoas estão sentindo dificuldades diante da pandemia da Covid-19, para vender seus produtos e garantir o recurso necessário para pagar as contas e garantir o alimento na mesa.

O auxílio emergencial do governo Federal concedido em 2020, no valor de R$ 1.200 ajudou muitas famílias, especialmente os que dependem única e exclusivamente de trabalho autônomo, quando não há vínculos de registro em carteira de trabalho, contrato e nem mesmo CNPJ com abertura de empresa ou microempresa.

Agora em 2021, com a suspensão do auxílio nos meses iniciais e com a retomada a partir desta terça-feira, 6 de abril, com valor reduzido e bem menor em relação ao do ano passado, a preocupação do trabalhador informal aumentou. 

Rafael, vendedor autônomo de limpador de parabrisas fala da sua preocupação. “Eu tenho visto que minhas vendas caíram muito, eu tenho lutado para conquistar o meu pão de cada dia e da minha família, quando as coisas ficam ruins, a gente tem que trabalhar duas vezes mais, se doar muito mais para conseguir sobreviver”, comenta.

Segundo ele, antes ele costumava trabalhar até as 16h e atualmente sua jornada ficou mais intensa, as vezes trabalhando até às 19h para garantir suas vendas no dia.  

“Eu recebi o auxílio emergencial para ter um suporte maior para minha família, me ajudou muito. Mas em 2021 que não tivemos nos primeiros meses, e agora que ele será pago novamente, mas com valor bem reduzido, corro risco de não conseguir nem mesmo pagar minhas contas e levar o alimento básico para dentro de casa, pois vejo que está difícil as pessoas que são autônomas, como eu, sobreviverem, como é o meu caso”, expressa Rafael.