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Três Lagoas

Semana de História da UFMS discutirá qualidade de ensino

O tema deste ano é ?Saberes Históricos e a Sala de Aula: diálogo, convergências e divergências?

A qualidade de ensino nas escolas de Três Lagoas será um dos principais pontos a ser discutido na 12ª Semana de História, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

O ciclo de palestras deste ano, que traz como principal tema “Saberes Históricos e a Sala de Aula: diálogo, convergências e divergências”, terá início na próxima segunda-feira (14) e contará com a presença de palestrantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Segundo o coordenador do Curso de História, Lourival dos Santos, a semana será marcada por mesas interdisciplinares para buscar formas de melhorar a qualidade do ensino três-lagoense. “Teremos palestrantes de quase todas as áreas, História, Pedagogia, Letras, para discutir meios de trabalhar a interdisciplinaridade na sala de aula. Teremos cursos de como um professor de história pode inserir a prática da redação dentro da sala de aula. E tudo terá exemplos de projetos que deram certo. Nesta Semana, ao invés de falar sobre os problemas da educação, vamos discutir projetos e idéias que deram certo”, explicou.

Santos completa dizendo que o objetivo da semana não é procurar culpados, mas sim, meios de corrigir as “inúmeras” falhas existentes no sistema educacional. A principal delas, segundo ele, é a falta de projeção. “Hoje, as escolas, incluindo as particulares, são um depósito de alunos. Toda empresa se reúne periodicamente para discutir possíveis melhorias e apontar onde estão as falhas, criar projetos para crescer. Isto não acontece nas escolas. Não há discussão sobre planejamento. Tem que haver projetos. Por isto, estamos trazendo para esta semana, algumas iniciativas já aplicadas em escolas do Brasil e que deram bons resultados”.

Entre os projetos a serem apresentados durante a semana está o da escola municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima, situada no bairro do Butantã, em São Paulo. O colégio colocou fim aos muros entre as salas de aula, literalmente. Os “alunos” – este termo também não é usado pela escola por gerar a despersonalização da criança, o que leva à diferença – tem participação ativa na definição dos temas que vão estudar e, ao invés de carteiras, são mesas redondas de discussões. Além disso, a escola desenvolve diversos projetos para estimular o interesse da criança em assuntos que vão desde a agricultura à informática. “Este seria um dos projetos mais audaciosos, mas que deu certo. O importante é que não vamos dar receitas do que dá certo, isto pode ser arriscado. Mas discutir e refletir sobre o assunto”, completou.

O evento conta com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, e visa atingir acadêmicos e professores das redes públicas e privadas de Ensino. Até o momento, o coordenador do curso estima em torno de 150 inscritos, mas alerta que as inscrições ainda estão abertas.