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Senadora fala sobre União Brasil e diz que Rose Modesto será apoiada em MS

DEM e PSL formam bancada de 82 deputados federais e oito senadores, agora se unem e formam o União Brasil

Fusão > União Brasil é resultado da fusão entre DEM e PSL. - CBN
Fusão > União Brasil é resultado da fusão entre DEM e PSL. - CBN

Os partidos DEM (Democratas) e PSL (Partido Social Liberal) aprovaram no início deste mês a fusão das legendas dando origem ao União Brasil. O número do novo partido será o 44. A nova sigla ainda precisa ser aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral. A homologação pode levar até 4 meses e, para disputar as eleições do próximo ano, a confirmação deve ser feita até abril de 2022. 

O União Brasil deverá ser presidido pelo presidente do PSL, Luciano Bívar. Nos estados, já começam as articulações para definir os candidatos e quem fica ou não na nova sigla. No DEM, 28 deputados e 6 senadores ainda têm futuro incerto. Já no PSL são 54 deputados e 2 senadores. Entre eles, está a senadora Soraya Thronicke, de Mato Grosso do Sul. 

Em entrevista à jornalista Danielly Escher na rádio CBN, integrante do Grupo RCN de Comunicação, Thronicke sinalizou que deverá ficar na gestão do novo partido. “Há uma disputa nos estados e isso é natural, mas aqui em Mato Grosso do Sul a notícia que temos é que eu fico na gestão do partido. Acredito que vamos construir todos juntos essa decisão”

A senadora também falou sobre o nome que deve receber apoio para candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul. “Hoje eu acredito que Rose Modesto seja o melhor nome para o governo de Mato Grosso do Sul e é um nome que nós iremos apoiar. Pra ela, é um grande desafio, mas ela tem condições de abraçar”.
         
Como estão as conversas para resolver a questão do comando do novo partido União Brasil?

Soraya Há uma disputa nos estados e isso é natural mas aqui em Mato Grosso do Sul a notícia que temos é que eu fico na gestão do partido. Acredito que vamos construir todos juntos. A ideia é manter a união, não ter racha. O partido já vem com esse nome de União Brasil e o que nós queremos é realmente união. É hora de nos unirmos todos em prol do que for melhor tanto para Mato Grosso do Sul quanto para o país.

Deputados federais e estaduais do PSL vão acompanhar o novo partido? 

Soraya Não deu tempo ainda. Estávamos aguardando a convenção que tivemos onde os dois partidos votaram separadamente {PSL e DEM] pela fusão. Dar publicidade à essa questão começou agora. Antes, a mídia tinha notícias apenas das trativas. Agora, está por conta do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] homologar. Esse é o período que temos para conversas e não seria ético conversar antes da fusão que ocorreu. As disputas internas são naturais em partidos grandes e pequenos. Onde tem gente tem disputa, ninguém vai se livrar disso. Acontece então, justamente por isso, o presidente Bívar abriu até mesmo para quem é apoiador do presidente Bolsonaro e não encontrar guarida nos estados, por que isso vai acontecer. Você vê que racha há em todos os lugares.

Queremos é entrar em consenso e muitos dos parlamentares que tiverem vontade de acompanhar o presidente e não encontrarem guarida em outros partidos nos estados, porque em cada lugar é uma situação diferente, poderão ficar. O presidente Bívar é uma pessoa de bastante diálogo, tanto que o DEM conseguiu confiar a ele a presidência e a tesouraria do partido. Se ele não fosse essa pessoa de diálogo, acredito que isso não aconteceria. E, duvido que exista um dirigente de partido nesse país, até mesmo para abraçar o presidente Jair Bolsonaro, que seja tão aberto como o Bívar.

Caso os bolsonaristas decidam ficar no partido eles não serão obrigados a apoiar o candidato à presidência do União Brasil?

Soraya Exatamente. Isso foi conversado dentro do partido. Não sei se essa orientação poderá mudar, pode até ser. Mas isso já vinha sendo uma conversa dentro do PSL, inclusive. Quem quiser ficar e se comportar, não ultrapassando os limites da crítica com o candidato do partido pode ficar que vamos abraçar, dar legenda. 

Não será cobrado fidelidade?

Soraya A Em relação à presidência da República não. Acredito que para governadores sim, dentro dos estados sim. 

O União Brasil vai lançar candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul?

Soraya Fizemos algumas pesquisas qualitativas e quantitativas e um nome que se destacou é o da deputada Rose Modesto (MDB). Ela já foi convidada por mim desde antes da convenção do União Brasil para vir para o PSL e nos unirmos em uma grande chapa para que a gente dispute. A gente vem com chapa completa. Hoje eu acredito que Rose Modesto seja o melhor nome para o governo de Mato Grosso do Sul e é um nome que nós iremos apoiar. Pra ela, é um grande desafio, mas ela tem condições de abraçar. É uma política com experiência, com passado limpo, conduta ilibada e alguém que é fácil de subir no palanque com ela. Para nós, essa questão de ter caráter, não ter o passado e a ficha sujos que muitos têm, para nós é uma questão primordial. O combate à corrupção é uma bandeira que nós levantamos desde 2013 e que não vamos abandonar.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, filiada ao DEM, está sendo assediada para concorrer ao Senado pelo PP. Será feita conversa para que ela fique no União Brasil? Há espaço para ela disputar o Senado pelo novo partido? 

Soraya Há sim. Ela é um nome do DEM. Nenhum nome desse partido foi rechaçado. É um nome que se conseguirmos encontrar um consenso e forma de trabalhar, fazemos questão. As portas estão abertas para a ministra Tereza Cristina, sem dúvida. 

Como fica a situação de Luiz Henrique Mandetta se ele não for candidato à Presidência da República? Que cargo ele poderá disputar pelo União Brasil em Mato Grosso do Sul? 

Soraya Não sei. Tudo isso é muito novo. Ainda não conversei com o presidente da legenda que é o Murilo Zauith. Tenho conversa com ele e com o Mandetta. Vamos alinhar da melhor maneira possível. A ideia é que não haja racha, não haja desunião. Nós queremos é unir Mato Grosso do Sul em um grande projeto de futuro. Temos muitas questões para serem dirimidas e acredito que vamos entrar em consenso.

O que pretende conversar com o vice-governador Murilo Zauith?

Soraya Nós não tínhamos ideia ou certeza de que a fusão sairia e vou conversar com ele, primeiro, porque tenho que respeitálo porque ele é o presidente do DEM aqui no Estado. Preciso ouví-lo antes de falar qualquer coisa. Ouvir todas as pessoas para que possasmos entender quais os caminhos que cada um está pensando. 

A senhora faz questão que deputados ligados ao PSL, como Luiz Ovando e Trustis, fiquem no União Brasil? Como está sua relação com o Trutis hoje?

Soraya Minha relação é distante e passou de um caso de política para polícia. E como se trata de polícia vou deixar ela resolver o problema dele. Não podemos pré-julgar ninguém, então, após essas deciões nós iremos tomar as nossas medidas. Caso seja confirmado, não caminharemos juntos. Não faço questão. O deputado Luiz Ovando sim. Quando a pessoa passa a ser caso de polícia não faço questão.