Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Serviço de oncologia depende da contratação de profissionais

Falta a contratação, para dedicação exclusiva, de psicólogo, assistente social e fisioterapeuta

O serviço de oncologia, que hoje atende a mais de 300 pacientes com câncer, em uma ala do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, com recursos do governo do Estado e do Município, está prestes a ser credenciado pelo Ministério da Saúde. Existem apenas duas pendências no processo de credenciamento, em tramitação no Ministério da Saúde: a contratação de psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas, profissionais com dedicação exclusiva; e a instalação de um mamógrafo, o que já está sendo providenciado pela direção do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, na ala do atendimento oncológico.

A informação foi dada ontem (1º) pelo vereador Jorge Augusto Martinho (PMDB), na sessão ordinária da Câmara Municipal. Acompanhado do vereador Jurandir da Cunha Viana Júnior, ele esteve na semana passada em Brasília, no Ministério da Saúde, para se inteirar do andamento do processo de credenciamento do atendimento oncológico, em Três Lagoas.

“Após nossa ida a Brasília, já estivemos na Secretaria Estadual de Saúde e no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. As pequenas pendências serão rapidamente solucionadas. Acreditamos que, em menos de 60 dias, o tratamento de oncologia do Município, em funcionamento há pouco mais de um ano e meio, será finalmente credenciado”, anunciou.

Jorge Martinho explicou que, normalmente, o Ministério da Saúde, quanto aos atendimentos de média e extra-complexidade, como é o tratamento de oncologia, só é habilitado um para cada um milhão de habitantes. Como o estado de Mato Grosso do Sul possui população estimada de 2.360.498 habitantes, os dois serviços de atendimento oncológico, um em Campo Grande e outro em Dourados, “seriam suficientes para atender à população, segundo o Ministério da Saúde”, observou o vereador.

No processo de credenciamento, “tivemos que mostrar o crescimento populacional de Três Lagoas e sua posição geográfica, distante da Capital, de Dourados e até da cidade de Barretos (SP), centro de referência nacional de tratamento contra o câncer”, explicou Jorge Martinho.

O câncer “é uma doença que acaba envolvendo toda a família. Por essa razão, usamos também este argumento para acelerar o processo de credenciamento para que o serviço de oncologia seja custeado com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, comentou.

Do jeito em que está, quando pacientes e o acompanhante da família precisam deslocar-se para Campo Grande e para Barretos, o “tratamento passa a ser desumano”, observou. Jorge Martinho ainda comentou que Três Lagoas não possui números exatos de pessoas que hoje lutam contra o câncer. “Os números não são reais. Além dos pacientes que são tratados aqui, temos os que se deslocam para Campo Grande, para Barretos e até para a capital do estado de São Paulo, graças a parentes e conhecidos”, explicou.

SESSÃO

Na 26ª sessão ordinária de ontem (1º), foram aprovados dois Projetos de Leis. Um foi a concessão de área para a construção da fábrica da Tecnocell, indústria do ramo de derivados de plástico. Os empresários prometem investir R$ 11,5 milhões, sendo R$ 6 milhões numa primeira etapa, com a geração direta de 40 empregos, e outros R$ 5 milhões divididos em duas etapas posteriores, com mais 20 empregos em cada fase da execução do projeto. No total, a expectativa é que a nova indústria crie 80 novos postos de trabalho.

O segundo Projeto de Lei, oriundo do Executivo com pedido de tramitação em regime de urgência especial, é o que trata de suplementação de crédito especial orçamentário, no valor de R$ 100 mil.

Na mesma sessão, no uso da Tribuna Livre, a vereadora Vera Helena Arsioli Pinho (PMDB) orientou os consumidores de baixa renda a usarem o direito da “tarifa social” de energia elétrica, garantido por Lei. Segundo ela, maioria das famílias, inclusive as que residem nos conjuntos habitacionais, recentemente entregues pela Prefeitura Municipal e governo do Estado, “paga altas contas de luz e não usa esse direito, que reduz em até mais de 50% o valor que hoje é cobrado”, informou.

Segundo a vereadora, “basta a pessoa ir até um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), mais próximo de sua residência, munido dos documentos pessoais e de cópia da conta de luz e provar a sua renda familiar. Se tiver o cartão Bolsa Família, tudo se torna mais fácil ainda”, observou. Vera Helena antecipou que, nos próximos finais de semana, estará promovendo um mutirão de visitas aos conjuntos habitacionais para explicar “como conseguir o direito da tarifa social na conta de luz”.