A discussão sobre o reajuste salarial dos servidores públicos municipais foi reaberta após a rejeição de boa parte dos servidores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, José Vieira, a classe não abre mão do reajuste de 15%, como havia sido solicitado no início das negociações, abertas em março.
“Apresentei a proposta feita pelo Município na assembléia realizada, porém eles não aceitaram. Agora, vamos retomar as negociações”, explicou.
A proposta do Município – de 6,25% de reajuste e o pagamento de insalubridade aos servidores que tem direito – foi negada pela classe durante a assembléia geral realizada na tarde de quinta-feira (16), no recinto de eventos da Vila Vicentina.
A decisão foi tomada por meio de votação aberta, que contou com a participação ativa de pouco mais de 120 servidores.
A negativa já era esperada. Antes do início da Assembléia, José Vieira já havia anunciado que o reajuste não atendia as expectativas da categoria.
PROPOSTA
A proposta foi apresentada ao sindicato na última terça-feira (14). De acordo com Vieira, Simone teria alegado ter sofrido perdas na arrecadação por conta da crise econômica mundial e, por conta disto, não poderia atender ao pedido da classe. “Depois da reunião, marcamos a assembléia para discutir a proposta, porém, ela foi bastante taxativa”.
Para o sindicalista, uma indicação da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) também teria influenciado na decisão. Ele explica que o órgão determinou de que os municípios trabalhassem o reajuste baseado na inflação do período – em torno de 5.92. “Ficou um pouco acima da inflação, mas é importante deixar claro que não atende as expectativas dos servidores”.
Além do reajuste, retroativo ao mês de abril, o Município havia se prontificado a reabrir as conversações em junho deste ano para discutir mais dois itens solicitados pela classe: a criação do Plano de Cargos e Carreiras e a implantação do benefício do ticket alimentação.
Na tarde de ontem (17), ele se reuniu com representantes municipais para levar a decisão da classe. A prefeita Simone Tebet (PMDB) não participou da discussão – ela estava em Campo Grande recebendo uma homenagem. A rejeição dos servidores também foi entregue por escrito ao Município.
A próxima assembléia geral com os servidores está prevista para a próxima quarta-feira (29). O sindicato aguarda chegar à nova discussão com uma nova proposta em mãos. Segundo Vieira, cerca de 300 servidores tem direito ao beneficio de insalubridade. Ao todo, 1,2 mil servidores, aproximadamente, serão contemplados com o reajuste.
