A I Cúpula Amazônica de Governos Locais, marcada para os dias 7 a 10 de outubro, em Manaus (AM), desperta interesse dos gestores municipais das cinco regiões no País. Um exemplo é o Município de Três Lagoas (MS), que apresenta projetos inovadores de preservação ambiental e tem como resultado a qualidade de vida dos cidadãos. A prefeita sul-mato-grossense, Simone Tebet, confirmou presença no encontro e destaca a importância da participação de todos os administradores municipais.
Como possui fábricas de celulose e papel sediadas no Município, Três Lagoas estabeleceu, antes da implantação, normas para a proteção de rios, lagoas e florestas existentes na região. Segundo relato da prefeita, o Município é responsável por 50% dos produtos industrializados do Estado e, por isso, busca tomar precauções para não afetar estes bens naturais. “Nossa grande preocupação é com o desenvolvimento auto-sustentável. Não há como crescer industrialmente sem pensar em preservação”, ensina.
Outras iniciativas ligadas ao recolhimento do lixo, por exemplo, foram tomadas para evitar contaminação do meio ambiente e consequentemente prejuízos à saúde da população. A Operação Cidade Limpa e o Ecoponto funcionam em parceria entre a prefeitura e as empresas privadas no combate ao mosquito da dengue e na reciclagem do lixo. O resultado é uma cidade livre de pneus e destaque nacional como Município modelo no controle da dengue.
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De acordo com Simone Tebet, é importante discutir a temática, porque os prefeitos podem avaliar as práticas que são ou não viáveis para a preservação ambiental dentro dos Municípios. “Nós lidamos diretamente com todos os setores, desde a população do bairro mais humilde até os maiores empresários locais e, portanto, conhecemos a realidade e sabemos como e o que fazer para preservar”, assegura.
Sobre o enfoque dado pela Cúpula à Floresta Amazônica, a prefeita afirma: “Não é possível abordar a questão ambiental sem falar da Amazônia”. Para ela, as discussões em torno da preservação desta área é responsabilidade de todos os Municípios. Pois, a posição geográfica – fronteira com outros países latino americanos – e a visibilidade mundial da floresta é preocupante. “Não é como o Pantanal aqui no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a fiscalização na Amazônia é bem mais difícil e a responsabilidade é de todos nós brasileiros”, lembra.
Segundo a prefeita, a Cúpula deve esclarecer fatos sobre a “grande pauta do milênio”. Simone Tebet pede a participação dos gestores municipais do Mato Grosso do Sul para discutirem na Cúpula ideias que deram certo em outros Municípios e podem ser tomadas como exemplo. “Na Cúpula não estaríamos cobrando dos prefeitos. O evento será uma oportunidade para a troca de experiências e servirá para melhorar a nossa gestão”, encerra.
