Telhado é arrancado e cai sobre mãe e três filhas

O vendaval que ocorreu ontem na Cidade quase provocou uma tragédia envolvendo uma jovem e suas três filhas, quando estavam na residência, situada na Rua Marcílio Dias, 2.177, Jardim Primaveril. “Estávamos no quarto, quando o telhado começou a subir e cair. Ficamos todos agachados”, informou Jaqueline Vaz Aparecida, 24 anos, que estava no quarto da casa, acompanhada das filhas Luana, 7 anos, Vitória 5 anos e Iara, 2 anos. As telhas de amianto acabaram ficando penduradas entre as paredes, sem atingir a família.

Em meio aos escombros, elas conseguiram sair para outro cômodo, porém, ficaram presas no imóvel, devido todo telhado que desabou ter impedido a passagem pela porta. “Começamos a gritar e pedir socorro com medo que o restante da casa desabasse”, lembra. Foi nesse momento que a vizinha Vânia Costa Coelho, 43 anos, que estava com a bíblia e orando pedindo proteção contra o temporal, escutou os gritos e resolveu ajudar. "Saí desesperada ao ver os gritos das crianças, fui quebrando as telhas até conseguir chegar na porta e socorrer a mãe e as crianças", conta.

Jaqueline conta com que há um ano seu sogro – Antonio Rogério Bonfim – com ajuda dos vizinhos, conseguiu ampliar a residência precariamente, por meio de mutirão. A única renda dela é o salário do marido Tiago Ferreira, 20 anos, que recebe um salário mínimo, como ajudante em uma fábrica.

Assim que aconteceu o acidente, o Corpo de Bombeiros foi acionado no local, enviando três homens para socorrer a família. A assistente social da Prefeitura, Ana Maria Batista da Costa, também esteve no local para fazer levantamento da dimensão dos estragos. Num primeiro levantamento, os bombeiros informaram que o imóvel corre risco de desabamento e recomendaram a retirada da família do local. “Esse foi o caso mais grave que a prefeitura tomou conhecimento. A maioria das outras ocorrências envolveu queda de árvores nas vias públicas”, informou Ana Maria.