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Três Lagoas

TL possui 100 especialistas em pratos de mandioca

Além dos certificados os presentes ainda degustaram uma variedade de pratos feitos com a raiz

Depois de dois dias literalmente com a mão na massa, 100 pessoas receberam os certificados do curso “Derivados da Mandioca”. Entre as delicias ensinadas, o pão e o bombocado de mandioca, que caíram no gosto dos alunos e foram destaques nos mais de 45 pratos ensinados com base na raiz.

De acordo com a professora, Iracema Sampaio, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), solicitou um livro sobre a cultura culinária de Mato Grosso do Sul e foi desta forma que ela começou a se interessar pelo assunto. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, o que representa é o churrasco. Nós queríamos usar algo que realmente fizesse parte do dia a dia do sul mato grossense, então pensei na mandioca teimosa, denominada por mim, por estar sempre presente a mesa”, comentou.

Iracema também falou sobre a pesquisa para escrever o livro “Cheiros e Sabores de Mato Grosso do Sul”, lançado em 2000. “Sou baiana e estou no Estado há mais de 30 anos. Não sei viver sem farinha, por isso pesquisei e escrevi o livro baseado em uma dos pratos mais populares, a mandioca”.
Para o secretário de Agronegócio, Luiz Akira, a mandioca, além de ser encontrada por preço acessível, é de fácil acesso. “A raiz é encontrada em vários locais. Além de tudo pode ser plantada em qualquer quintal. Nosso objetivo é fazer com que o produto ganhe valor agregado com a possibilidade de novos pratos”, enfatizou.

Akira disse ainda dos projetos que vão além do curso. “Queremos que estes alunos sejam multiplicadores do que aprenderam aqui. Muitas pessoas queriam ter essa oportunidade, mas o número de vagas foi limitado. Agora esperamos o empenho de todos para a festa do folclore, onde uma barraca será montada, oferecendo os produtos feitos a partir da raiz”.

O secretário também comentou a possibilidade de criar uma festa que possa se tornar uma tradição no município, como as que são realizadas no Estado, a exemplo de Maracaju, com a Festa da Lingüiça e São Gabriel do Oeste, com o Porco no Rolete. “Na festa do folclore vamos divulgar os produtos e ver a aceitação do público. Dependendo do resultado, vamos começar a projetar uma festa maior, que inclua a riqueza dessas delicias culinárias que precisam ser divulgadas”.

A prefeita, Simone Tebet, disse que embora o curso pareça simples, ele ajuda a incluir as pessoas no mercado de trabalho. “Durante o curso eles aprenderam que é possível fazer de tudo. Do doce ao salgado. Além de tornar uma fonte de renda para estas pessoas. Também vejo como um reconhecimento da identidade cultural. Com isso queremos implantar uma festa. A partir de agora conto com o empenho dos nossos alunos que colocaram a prova da população as receitas que aprenderam aqui”.