Veículos de Comunicação

Maracaju

Três Lagoas e região terão Comando de Operações de Divisa

Objetivo do Comando Geral da PM é implantar unidade semelhante ao DOF, que atua na fronteira do Estado

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul pretende implantar, em 2016, o Comando de Operações de Divisa em Três Lagoas e a região do Bolsão. O projeto, ainda em fase de estudo, foi anunciado pelo comandante geral da PM, coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho. Em entrevista ao Jornal do Povo, o oficial explicou que o objetivo é criar nas regiões de divisa um policiamento diferenciado, cujo funcionamento seja semelhante ao do Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), que atua na região de Dourados.

“Será uma unidade projetada nos moldes do DOF, voltada principalmente para a área rural. Será uma estrutura independente, ligada diretamente à Secretaria de Segurança Pública e Justiça”, explicou.

Mato Grosso do Sul vive uma situação diferenciada, explicou o comandante geral, além de fazer fronteira com dois países (Paraguai e Bolívia), também faz divisa com quatro estados, Mato Grosso, Paraná, Goiás e São Paulo. Os dois últimos estados fazem divisa na região do Bolsão.

Conforme Deusdete, esse comando contaria com uma média de 20 a 30 policiais militares, que seriam remanejados de outras unidades. “A nossa ideia é montar um Batalhão de Operações de Divisas, sem impactar o efetivo das unidades desses municípios [do Bolsão]”, lembrou o coronel.

EFETIVO
O comandante-geral da PM também antecipou outros dois projetos para a Polícia Militar que deverão ser implantados em 2016. Um deles é a convocação de policiais militares reformistas. O objetivo é aumentar o efetivo em todo o Estado com um custo inferior ao de abertura de novos concursos e inclusão de mais policiais na folha de pagamento. “Há muitos reservistas com boa saúde física e mental e que podem fortalecer os nossos quadros sem gerar tanto custo, já que os encargos [trabalhistas e previdenciários] corresponde a quase que o salário do policial”, explicou.

O projeto está em fase de análise. Entretanto, o coronel antecipou que haverá processo de seleção. “O policial reformista será voluntário nesta ação. Mas, mesmo assim, ele passará por uma avaliação”. 

Inicialmente, o projeto visa incorporar cerca de 500 policiais reformistas no quadro efetivo da PM de Campo Grande. Para Três Lagoas, por exemplo, o coronel explicou que há como incorporar cerca de 100 a 150 policiais.

Também faz parte dos projetos da Polícia Militar que permite ao policial militar de folga prestar serviços para as prefeituras. O projeto, entretanto, depende de parceria com os governos municipais.