Três Lagoas vive novamente uma epidemia de dengue, como registrado em anos anteriores. A situação se agrava, porque a cidade nos três últimos anos (2020, 2021 e 2022) nãocontabilizou nenhuma morte. Em 2023, até a divulgação do último boletim epidemiológico, três pessoas vieram a óbito por causa da doença.
CRIADOUROS
Apenas 10% dos criadouros do mosquito aedes aegypti, causador da dengue, da zika e da chikungunya estão em locais abandonados em imóveis fechados e terrenos baldios e lugares por onde 90% deles estão onde há circulação constante de pessoas como as residências familiares e estabelecimentos comerciais. As informações foram fornecidas pelo coordenador municipal de endemias, Alcides Ferreira.
Ferreira explica que a Secretaria Municipal de Saúde vai prosseguir com as estratégias adotadas até agora que são os mutirões de limpeza com visitas domiciliares, conscientização da população e eliminação dos criadouros do mosquito.
O aumento no número de casos sempre é esperado nesta época do ano, mas o volume foi muito maior do que o previsto, fato que pegou a população de surpresa. “Tem muita água acumulada e quantidade de vetor ainda é muito grande, então precisamos eliminar os focos. Só assim contamos a cadeia de transmissão da dengue”.
O coordenador disse ainda que a chuva atrapalhou o trabalho com as visitas domiciliares e os agentes têm aproveitado esta semana que o tempo está mais firme para cumprir a agenda de fiscalização com mais intensidade.
Até o momento os funcionários da saúde estiveram nos bairros onde foram contabilizados maior número de pessoas doentes. Vila Nova e Vila Haro foram os primeiros. Entretanto, o mutirão já passou também pela Vila Piloto, Vila Alegre, Jardim Maristela, Flamboyant e Jardim Rodrigues.
Ferreira disse também que, nos intervalos entre as ações, equipes menores de agentes percorreram o Santa Luzia, Santos Dumont, São Carlos e o Paranapungá. “Tudo isso para que a gente possa eliminar os criadouros de forma mais rápida”.