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Medição

Umidade do ar entra em estado de atenção e deve piorar com frente fria

Três Lagoas registra umidade do ar de 30% nas últimas duas semanas, sendo esse índice um dos mais baixos do Estado

É importante manter a hidratação, usar protetor solar, neste período mais seco - Divulgação
É importante manter a hidratação, usar protetor solar, neste período mais seco - Divulgação

A estação mais fria do ano ainda não chegou, mas o friozinho característico da estação Outono tem marcado presença em Três Lagoas, neste mês de maio. O que tem andado junto com ele é a baixa umidade relativa do ar, que na região atingiu 30% nas duas últimas semanas. Três Lagoas chegou a liderar a lista dos municípios que registraram menores índices de umidade em Mato Grosso do Sul, entre os dias 13 e 26 deste mês. “E a situação poderá ficar agravada nos próximos dias, porque a umidade começa a baixar entre os meses de junho, julho e agosto. Poderemos registrar índices de 20% já no próximo mês, por exemplo. Levando em consideração que em algumas regiões há previsão de chuva para o início de junho, será rápida e seguida de estiagem”, observou o meteorologista Natálio Abraão Filho, da Estação Meteorológica do Tempo da Uniderp-Anhanguera, em Campo Grande, que é ligada ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Em Três Lagoas, segundo ele, há três sensores (medidor) de temperatura e umidade relativa do ar, sendo um deles no Aeroporto Municipal “Plínio Alarcon”, que no caso foi instalado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O outro está na região da Usina Hidrelétrica do Jupiá e o terceiro no bairro Parque São Carlos. Todos eles são controlados pelas estações meteorológicas do país, o que permitem a medição no município. 

Também estão no ranking de municípios mais secos do Estado: Dourados, Sidrolândia, Campo Grande, Sonora, Cassilândia e Costa Rica, que chegaram à umidade abaixo de 30%, bem diferente do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 60%.

INFLUÊNCIA

O meteorologista explica que a baixa umidade do ar começou porque o país sofre com as influências e efeitos dos fenômenos climáticos conhecidos como Sistema La Niña e El Niño. “Estamos saindo da La Niña, quando a temperatura da agua do hemisfério equatorial fica diferente, ou seja, nem frio nem quente, e estamos entrando na fase do El Niño, quando a água fica mais quente e evapora com maior intensidade e fica mais próxima da superfície”, explicou.

REFLEXOS

O período também gera outros problemas, como aumento de incêndios em terrenos baldios e áreas florestais. Além disso, complicações de saúde, reações alérgicas e respiratórias, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele, irritação dos olhos. A recomendação é manter redobrada a hidratação e usar protetor solar.

FRIO E CHUVA 

Uma nova frente fria está prevista para chegar ao Estado a partir deste sábado (26) e, em Três Lagoas, a queda na temperatura deverá ser a partir de segunda-feira (29).  Porém, o meteorologista Natálio Abraão destaca que o frio não será intenso e nem rigoroso. A massa de ar seco irá impedir as baixas temperaturas, principalmente, na região Leste. Nos próximos três meses haverá picos de frio, mas com passagem rápida. “Não teremos frio intenso, serão mais curtos. Em junho, a temperatura cai e vai até permitir o uso de casaco. O frio mais intenso está previsto para julho, entre os dias 5 e 15, inclusive, na região Leste”, concluiu.