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Três Lagoas

Vereadores reúnem catadores e empresa coletora de lixo

Os catadores alegam que têm sua renda comprometida com a interrupção do trabalho de separação de material reciclável

Vereadores, catadores de material reciclável, representantes da empresa Financial, do Ministério Público e a prefeita Simone Tebet vão se reunir na próxima quarta-feira (25) para discutir a situação dos catadores, uma vez que, a entrada dos trabalhadores no lixão foi proibida pela Financial (empresa responsável pela coleta do lixo da cidade). O grupo esteve na Câmara, durante a sessão desta semana, pedindo o apoio dos vereadores e ontem pela manhã, através da intermediação dos parlamentares, reuniu-se com promotor Antônio Carlos Garcia de Oliveira e o secretário municipal de meio ambiente Cristóvan Canela, na sala da presidência da Casa de Leis.

Nesta sexta-feira (20), o grupo voltou a se reunir e desta vez representantes da Financial também participaram da conversa.

Os catadores alegam que têm sua renda comprometida com a interrupção do trabalho de separação de material reciclável. Muitos trabalham no lixão há mais de 15 anos e não tem instrução para buscar uma nova oportunidade de trabalho. Atualmente, 21 catadores retiram o sustento da venda de material reciclável.

Os representantes da Financial, os engenheiros Ivan Garcia de Oliveira e Fabiano do Amaral Carvalho, explicaram aos vereadores, ao secretário municipal de meio ambiente e ao promotor Antônio Carlos, que a saída dos catadores já havia sido acordada anteriormente, inclusive com a concessão de prazos. Eles ressaltam que a medida é necessária para evitar acidentes, uma vez que os trabalhadores circulam livremente entre máquinas e caminhões.

Num primeiro momento, a criação de uma cooperativa foi a solução apontada para resolver a questão, no entanto, a medida requer apoio do poder público, mas sobretudo, recursos. Além disso, levaria tempo para a que os catadores se organizassem juridicamente e voltasse a ter uma renda.
Os advogados e o assessor econômico da Câmara também deram orientações aos catadores para que eles compreendam todo o processo de criação de uma cooperativa, ou seja, os aspectos físicos e jurídicos que a empresa requer.

Na nova rodada de negociações, além de uma reunião com a prefeita, foi dado mais um prazo para os catadores. Assim, eles não ficam sem renda enquanto a questão não é definida. 

O secretário Cristóvan Canela enfatizou que somente enquanto grupo, inclusive juridicamente organizados, os catadores poderão ter apoio do Poder Público.

Para o promotor público a concessão de prazos (40, 60 dias) para a definição de um plano de ação, com uma ou mais sugestões, pode ser uma boa opção.

O presidente da Câmara, Fernando Milan, afirma que a conversa e o bom senso de ambos lados deve sempre prevalecer. “Com luta e briga não se conseguirá nada. Os vereadores vêm intermediando a questão e esperamos chegar a uma solução, a um consenso na reunião com a prefeita”, destacou Milan.

A reunião com a chefe do executivo municipal está marcada para o período da manhã, a partir das 9h.