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Fevereiro

Volume de chuvas em Três Lagoas supera média histórica em quase 150%

Ventos de mais de 60 quilômetros por hora derrubaram várias árvores em diferentes locais

Ventos de mais de 60 quilômetros por hora derrubaram várias árvores  em diferentes locais - Divulgação/TVC
Ventos de mais de 60 quilômetros por hora derrubaram várias árvores em diferentes locais - Divulgação/TVC

O volume de chuvas registrado em Três Lagoas nos três primeiros meses do ano superou a média histórica contabilizada neste mesmo período em anos anteriores.  Só no mês de fevereiro, em alguns dias choveu cerca de 420 milímetros, o que significa 150% a mais do que no mesmo mês anterior. 
Segundo Valesca Fernandes, meteorologista e coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), janeiro foi o único mês do ano até agora em que as chuvas ficaram abaixo do esperado. A média histórica para este período é de 216 milímetros e a maior quantidade registrada foi de 192. 

Já no mês de fevereiro o cenário foi modificado,  porque invariavelmente no mês do Carnaval, costuma chover em média, 168,7 milímetros. O Cemtec mede a quantidade de chuva de Três Lagoas em três pontos diferentes da cidade. Em todos eles o volume foi superior a 300 mm. No mesmo mês do ano passado choveu, em média, 120 milímetros, o que representa cerca de 75% do esperado pela média histórica. 
Apesar do mês de maço estar apenas no começo, a quantidade de chuva se mantém além do que costuma ser registrado neste período. Em 2022 o volume acumulado ficou entre 160 e 200 milímetros, representando 125% a mais do esperado. Somente nos primeiros sete dias deste mês, a quantidade já é cerca de 7% a mais que a média. 

No final do mês de fevereiro deste ano, um dos temporais causou bastante estrago na cidade. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros recebeu várias ligações de famílias que tiveram suas residências invadidas pela água e que perderam parte de seus móveis. Entre os bairros mais atingidos estão: Nossa Senhora Aparecida, Parque São Carlos e Jardim Alvorada. 

Já na última segunda-feira, em aproximadamente 20 minutos de chuva, uma rajada de ventos de mais de 60 km/h, causam danos na rede elétrica da região central da cidade, que ficou sem energia. O volume de água não foi tão grande, cerca de 18 mm, entretanto caíram mais de 240 raios. 

A moradora do Jardim Guanabara, Danúbia dos Santos, comentou que levou um susto com a queda de uma árvore sem seu quintal. O beiral do telhado dela, uma antena parabólica e o muro do vizinho ficaram danificados com a queda. Ninguém se feriu. 

A Prefeitura de Três Lagoas emitiu um alerta vermelho para os moradores dos arredores da Lagoa Maior e da 2ª Lagoa, pois há risco de inundações se continuar chovendo desta forma. Ronan Tafarel, que mora perto da 2ª Lagoa, disse que viu o nível da água tão alto onde seus avós moram há 18 anos. A água está a pouco mais de 10 metros de sua casa. 

Até o local onde ficam as bombas d’água, responsáveis pela drenagem, foi inundada. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Mauro De Grandi, a 2ª Lagoa tem recebido mais águas pluviais do que as bombas são capazes de drenar. Ele explicou ainda que o trabalho teve que ser interrompido por 10 dias devido a ação de vândalos que roubaram as bombas. 

O volume de água da chuva é medido em milímetros por metro quadrado. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. A maior quantidade de chuva registrada na cidade, 420 mm em fevereiro, equivale então a 420 litros de água por metros quadrados. Esse valor equivale, por exemplo, a mais de 20 galões de água de 20 litros.

Confira a reportagem sobre o assunto: