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Big Mac é mais caro no Brasil do que nos EUA

Índice Big Mac mede poder de compra de cada moeda.

O real estaria com uma sobrevalorização de 13% em relação ao dólar, o que fez o Brasil superar os Estados Unidos no valor do sanduíche Big Mac em dólares, de acordo com o tradicional ranking divulgado nesta quinta-feira (16) pela revista britânica "The Economist".

Pelo índice Big Mac, "um guia divertido para avaliar o câmbio", como alerta a Economist, o sanduíche no Brasil custaria US$ 4,02, ante os US$ 3,57 pagos em média nos EUA.

 O Big Mac "brasileiro" também é mais caro do que em países emergentes: Rússia (onde custa US$ 2,04) e China (US$ 1,83).

O índice é usado pela revista – uma das mais respeitadas publicações de economia e negócios do mundo – para comparar o poder de compra de cada moeda.

Por estar presente em mais de 120 países, o produto-símbolo da proliferação da cultura do fast-food é considerado um bom termômetro de quanto o consumidor de cada local pode comprar.

O índice é feito com base na teoria da Paridade do Poder de Compra (PPP), segundo a qual as taxas de câmbio deveriam equalizar o preço de uma cesta de bens em cada país.

No lugar da cesta, a Economist usa o Big Mac, produzido globalmente e que envolve o custo de uma série de produtos e serviços, e transforma seu preço em dólares em cada país, para indicar se uma moeda está sub ou sobrevalorizada.

Uma moeda excessivamente valorizada encarece os produtos de um país e os torna menos competitivos no exterior.

Poder de compra

Pela ranking, o dólar compra mais hambúrgueres na Ásia. "Um Big Mac custa 12,5 yuans na China, ou US$ 1,83 pelo câmbio de hoje, cerca de metade de seu preço na América", diz a Economist, apontando para a forte subvalorização da moeda chinesa.

Em contrapartida, outros países que, como o Brasil, estariam com o câmbio supervalorizado incluem a Noruega, onde o Big Mac sai pelo equivalente a US$ 6,15, a Suíça (US$ 5,98), a Dinamarca (US$ 5,53) e a Suécia (US$ 4,93).