José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, não gostou da repercussão de sua palestra na Casa do Saber, na sexta-feira (16). O diretor corrigiu a imprensa e disse que não criticou o "Big Brother Brasil", quanto menos seu filho e diretor do reality, Boninho.
Para provar o que falou, Boni transcreveu as perguntas e as respostas dadas durante o evento e divulgou no seu blog.
Sobre reality shows, ele disse: "Não gosto, mesmo porque eles nada têm a ver com a realidade. Alguém pode considerar real enfiar vinte pessoas estranhas umas as outras em uma casa por três meses? Isso é pura ficção, nada de realidade".
Outro pergunta questionava se Boni compraria o formato do "BBB" se ainda estivesse na Globo. "No caso do Big Brother talvez eu o comprasse para esconder o programa em algum horário e não deixá-lo ir para a concorrência. Mas seria difícil. Uma situação delicada. Especialmente depois que a A Casa dos Artistas funcionou no SBT. Em todos os países do mundo as emissoras que tinham a liderança e não compraram o Big Brother se deram mal", respondeu.
Boni disse que o programa pode ser um forte produto para qualquer emissora. "Em Portugal, por exemplo, a rede líder que era a CIC não quis o programa. A TVI comprou e baseado nele alavancou outros programas e se tornou líder. Além do sucesso de audiência é preciso considerar que o Big Brother é um sucesso comercial, faturando alto onde é exibido", contou.
Mas para ele, o formato continua "péssimo". "Entre o texto do [Diego] Alemão, um dos vencedores do programa, e um texto do Dias Gomes, do Jorge Amado, do Érico Veríssimo ou do Ruben Fonseca, eu prefiro esses e outros autores ao texto medíocre dos participantes", declarou.
Boni também fez questão de transcrever o momento que falou sobre o desempenho do filho. "Em todo mundo o Big Brother está acabando. Acho que o sucesso e a durabilidade do Big Brother no Brasil se deve a criatividade e a competência do Boninho. Eu continuo não gostando do programa, mas o Boninho faz o melhor Big Brother que eu conheço", comentou.
O diretor escreveu que olha para os parentes que trabalham no ramo como profissionais, não como membros da família.
