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Número de pessoas vacinadas contra H1N1 passa de 20 milhões

Os números revelam o impacto positivo do ?Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1"

A vacinação contra a gripe H1N1 saltou 57,4% desde sexta-feira (9), e atingiu a marca de 20 milhões de pessoas imunizadas, segundo balanço parcial do Ministério da Saúde. O número passou de 12.971.885 para 20.416.331, entre as 9h de sexta-feira e as 18h desta segunda-feira (12). Com 75,3% de cobertura, a imunização de crianças de 6 meses a menores de 2 anos está próxima de atingir a meta de 80%, enquanto que a de profissionais de saúde superou os 97%. O Ministério da Saúde alerta, no entanto, que a cobertura de vacinação de grávidas (48,7%) e doentes crônicos com menos de 60 anos (44,2%) ainda está abaixo do esperado.

Os números revelam o impacto positivo do “Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1”, promovido pelo Ministério da Saúde, estados e municípios, no último sábado (10/4). Os 36 mil postos de vacinação em todo o país abriram para atender às pessoas que ainda não tinham se imunizado. “Foi uma iniciativa extremamente positiva. Em dois dias, o número de pessoas vacinadas no sistema de informações cresceu em mais de 7 milhões. Isso mostra o comprometimento e o esforço de toda a sociedade brasileira, incluindo profissionais de saúde e pessoas que devem se vacinar”, avalia o ministro José Gomes Temporão.

As 20,4 milhões de pessoas vacinadas, até o momento, representam uma cobertura de 34,8% em relação ao público-alvo das três primeiras etapas (58.695.070 pessoas). A vacinação de adultos de 20 a 29 anos tem, até o momento, cobertura de 20,2%. É importante ressaltar que se trata do maior público de todas as etapas (35,1 milhões de pessoas) e que a vacinação desse grupo segue até 23 de abril. Neste mesmo dia, termina a imunização de grávidas, doentes crônicos e crianças.

É preciso reforçar a importância da vacinação desses quatro grupos, que concentraram 90% dos casos de doença respiratória grave e mortes em 2009. Dos 2.051 óbitos registrados no ano passado, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Em 2010, até o dia 3 de abril, foram registrados 361 casos de pessoas internadas com doença respiratória grave em todo o país. Mais da metade (56,2%) ocorreu na região Norte (203 casos). No mesmo período, houve 50 óbitos, nos estados do Pará (25), Paraná (8), Amazonas (6), Amapá (2), Maranhão (2), Minas Gerais (2), Goiás (1), Piauí (1), Ceará (1), Paraíba (1) e São Paulo (1). Entre as mortes ocorridas este ano, 16 foram em grávidas.


AVALIAÇÕES REGIONAIS – Paraná, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Santa Catarina são as unidades da federação que, até as 18h desta segunda-feira, tinham as mais altas coberturas vacinais, considerando os públicos-alvo das três primeiras etapas. Em relação à cobertura vacinal das crianças de 6 meses a menores de 2 anos, nove estados já tinham atingido a meta de imunizar pelo menos 80% desse grupo: Goiás, Maranhão, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo e São Paulo.

“A vacina é absolutamente segura e eficaz. Os efeitos adversos, que são raros, se manifestam de forma leve, como dor no local da aplicação, dor de cabeça, febre e cansaço. Para as pessoas que fazem parte do grupo prioritário, o perigo não é tomar a vacina, mas correr o risco de pegar a gripe”, alerta o ministro José Gomes Temporão. Ele lembrou que a segurança da vacina é evidenciada pelos 97,4% de cobertura entre os trabalhadores dos serviços de saúde – um dos públicos da primeira etapa, juntamente com os indígenas, que têm cobertura de 61,9%, até o momento.

Temporão também alertou para a circulação de boatos sobre a segurança da vacina, principalmente na internet. “Informações desse tipo são um disparate e revelam profunda ignorância. A população deve confiar no seu médico e nas autoridades de saúde, não em qualquer texto, escrito não se sabe por quem, que circula na rede mundial de computadores”.