Hoje a coluna viagem de sabores entra num campo intrigante do universo gastronômico: Por que um produto similar pode ter tanta variação de preço? Visitei esta semana um prestigiado restaurante em Barcelona, e pedi 200g de entrecôte de “vaca vieja” (corte do quarto traseiro bovino que equivale ao nosso contra-filé), este foi o preço do prato que acompanhava batatas e pimentão: 18 euros. Por conta do câmbio o valor estimado em real chega a R$ 115,00. O mesmo corte no Vermelho Grill em Campo Grande sai por: R$ 38,00. Ou seja, uma diferença de 77 reais.
Conversei com o Eduardo Fornari, proprietário da casa que me disse: “vaca velha normalmente tem muito sabor, e menos maciez.” De fato, a carne estava muito saborosa, proveniente de produção local, originária de Girona, a poucos Km do restaurante. Provavelmente da raça rubia galega.
Mas, mesmo com todo o valor agregado de produção, apresentação do restaurante, não tenho dúvidas de que as carnes encontradas nas casas de Campo Grande são superiores em sabor e por óbvio, no preço.
Conclusão, mesmo com a alta no preço da carne, sentida nos últimos meses, ainda temos um produto com valor mais baixo do que na maioria dos países e que ainda busca ser mais valorizado, tanto pela cadeia produtiva, quanto na hora de ser vendido.
E minha dica final é, aproveitem as delícias de Mato Grosso do Sul, procurem saber a origem dos alimentos que você consome, e entenda o valor destes nobres ingredientes.
Apure os sentidos e um bom apetite! E fique ligado aqui, na coluna viagem de sabores.