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Serviço permite envio de mensagens 'do além'

Mensagens de pessoas mortas podem ser normais no futuro

udo começou quando as grandes estradas de ferro se instalaram. A máxima utilização do meio de transporte criou um medo nos construtores de estradas: eles temiam por acidentes causados pela morte repentina dos maquinistas. Esse temor fez com que essas companhias criassem o “dead man’s switch” – uma tecnologia que garantia o trem parado assim que os funcionários morressem.

Por meio de um pedal ou alavanca pressionada pelo corpo do maquinista, a técnica rudimentar foi um dos pilares criativos da startup de David Eagleman, o homem que quer fazer os mortos falarem com os vivos. A iniciativa serviu de pano de fundo para um conto de ficção científica sobre a morte na era digital: como recuperar as senhas de pessoas que já morreram?

Depois de escrever a história, Eagleman chegou a uma solução aparente para o “pesadelo administrativo”. Ele decidiu criar o Death Switches, um software capaz de enviar todas as senhas da pessoa morta por e-mail assim que o falecimento fosse confirmado. Não demorou muito para o autor almejar mais – cartas de despedida, mensagens de parabéns e tudo mais.

Em 2006, ele oficialmente lançou a startup Deathswitch. “Checando” se seus clientes estão vivos por e-mail, o serviço dispara as mensagens pré-definidas às pessoas escolhidas assim que o “padrão for rompido”. E caso tenha interesse em um plano mais completo, algumas contas dão direito a deixar mensagens gravadas para o futuro – ou pós-morte.

Mas Eagleman afirma que todos esses arquivos são completamente confidenciais: “Eu gosto de imaginar as mensagens sensacionais aguardando para serem enviadas. Declarações de amor inesperadas, confissões de crimes e locais secretos estão guardados dentro daquela caixa preta”.